segunda-feira, 9 de março de 2009

Inauguração do Blues

A coisa é a seguinte: criei um blog. Sei lá o por que, mas desconfio que seja porque um dia uma menina aí me disse que, se eu resolvesse mostrar o que eu escrevia eu poderia me surpreender. Talvez eu tenha acreditado nela ou talvez eu queira por a coisa a prova. Não importa. Senti vontade de criar isso aqui e pronto. Não tenho muita coisa que eu sinta vontade de mostrar pra quem quer venha a fuçar por aqui (seja lá quem for). Mas vou tentar manter uma ou outra coisa por aí. De vez em quando até brinco de rabiscar direto na tela e vejo o que sai. Mas a minha intenção é mesmo que as pessoas leiam o que, vez ou outra, eu ponho no papel.

Pra estrear essa budenga, eu coloco cá uma das poucas poesias que eu escrevi (e dessas poucas é uma das mais poucas ainda de que eu gosto). É velha mas ainda faz sentido.


Blues

Como canção dos anjos
num coro profano
sagrado, perdido
me perco.

A noite cai e me leva
pra solidão.
Último romântico na terra.
O copo vazio.

E você chega,
no meu sonho acordado
como que cega
vestida de azul, assim por acaso.

O cachimbo apagado,
cinzas num vaso.
E eu ouço o mesmo CD;
o Velho Cantor Legendário.

O inferno canta,
meu espírito aquece
e o meu sofrimento meio que se perde.
Não choro, mas tento.

O inferno canta
um coro sagrado, achado.
A noite que vai
e eu fico parado.

Finalmente te vejo
meio que de repente
naquele seu vestido preto
que parece o azul que me prende.

O copo vazio,
as cinzas num vaso,
CD terminado,
me levanto e saio.

3 comentários:

  1. Ei Hugo!! Adorei seu blog, linda poesia você devia escrever mais!! Continue escrevendo aqui que continuarei visitando!! Abs

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  2. Olá srta. Elanor! Agradeço o elogio.
    Fico feliz que tenha se divertido lendo-me =D

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  3. Nossa!!!

    Que linda!

    E o inferno canta... E eu também o ouço!

    Não é verdade que és o último romântico na face da terra! Mas deve fazer parte do refrão, né não?

    Beijocas-fascinadas

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