Ao segurar a calda do tigre,
não largue.
Deixe que devore
pele
rosto
peito
mangue
(pântano raso do sentido torto,
fedor do denegrir reciclante dessa boca podre)
Pobre de mim!
Pobre de mim?
Pobre de ti!
Que não vê beleza no feio!
Torce o nariz,
entope o que digo,
entorpe os sentidos
pra dizer o que quer.
Entorta a latrina de tanta merda.
Retorce os caminhos pra não encontrar com os meus.
Não se esforce:
cruzamos no mesmo páreo,
bebemos no mesmo bar,
da mesma fonte.
E a poesia
é só uma noite desgraçada regada a whiskey.
Arrependimentos das perguntas regradas,
repetidas pelos erros do “sim”.
Carne morta da alma escrota,
som das agonias,
silêncio dos dias.
Enfim,
o destino de pedra.
Augusto dos Anjos te mandou um abraço, Hugo. Tá bom isso aí, hein!
ResponderExcluirQuanto talento com as palavras, querido Lord.
ResponderExcluirSuas poesias me agradam.São irresponsáveis e sem compromisso com nada, além de um sentimento que parece ser real e angustiante. Você não aparenta ser um escritor vaidoso, o que é bastante raro. E bom, de certa maneira, suas palavras soam sinceras.
ResponderExcluirFico extremamente feliz que possa vir aqui e se divertir um pouco. Muito obrigado pelo comentário. De verdade.
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