Viu o sol nascer
regado a pão e leite,
uma noite mal dormida
e o sono nas cobertas.
Pegou o ônibus na penumbra
não pensou nos filmes
nem nos amores
perdidos e alugados,
nas gavetas desarrumadas
armário desmontado.
O colchão vazio não mente
a distância nem a companhia.
É solidão nos dias frios,
é a garota nos dias tristes
e a falta dos cigarros.
O cinzeiro e as garrafas
vazias num anagrama;
liberdade e sonhos perdidos.
Quem não dorme sonha?
Quem não ama sofre?
Quem não tem fome come?
Sede de cigarro barato
sem isqueiro.
Viu a lua surgir nas nuvens
a apatia de um dia mal vivido
e o sonho?
O tempo passou
e as mulheres levaram
amores e amigos, a alma
e a peça da geladeira quebrada.
Um coração dormente de penas
Galinha assada na páscoa.
Morar com a mãe
Nunca mais.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
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